Esta 3ª sessão (tal como as anteriores, muito frutuosa), na noite de sábado, 26 de Março, começou com os BLUE TRASH CAN de Lisboa. Hard Soft Rock Sereno dos grandes Blind Zero. Canções: Paper Plane, Slightly Small and Stupid, Still Searching, Primordial Touch. Som equilibrado. Bela melodia de voz. São jovens, frescos, com boa atitude e educação. Não há dúvida: o novo Hard Rock Português (com presenças significativas este ano no Festival) está bem vivo e recomenda-se.

Depois foi a vez dos candidatos à Grande Final, os MEU E TEU de Alcobaça apresentarem a sua “tese”. Tal como os Fato/Feto de Évora (Vencedores 2009), fazem parte da Novíssima Música Portuguesa, uma onda de grupos que ainda não conquistaram a Televisão e que o Festival apoia desde 1996. E que merecem pelo menos 10% do novo Canal Música RTP que aí vem, caso contrário continuaremos a ignorar o futuro e a bater sempre só na tecla grande. Os MEU E TEU são sublimes e intimistas com fios de música de câmara, clássica, e de poesia à maneira. Boa gestão de meios a produzir o seu som ambicioso (onde se ouvem pianos, violinos, coros, não se sabe vindos donde). Destacamos os temas: Erros Estratégicos, Difícil de Esquecer, Meu e Teu (com o vocalista, Diogo Freire, outra revelação do Festival, a correr todos o palco, num final energético, de deixar de boca aberta).

OS LÁBIOS foram iguais a eles próprios (ex-The Profilers) com nova roupagem e cada vez mais versáteis. Não se admirem se ouvirem brevemente na Rádio um tema novidade em português que fará sucesso. Com toda a banda em grande nível, não podemos deixar passar a oportunidade de homenagear as performances de San (vocalista amorosa), Mr. Night (subtileza de guitarras e teclas) e The Manic (bateria), um autêntico motor musical: parecia que estávamos nos Concertos de Cascais na década de 80. Obrigado por este histórico concerto pop.

No próximo sábado, 2 de Abril, cumpre-se a 4ª sessão do festival com mais 3 BANDAS: de Évora os NUDE (metal progressivo) e os “tecno” JUMBO LIMBO (Barreiro). Os convidados serão os THE HYPERS vencedores no ano passado. Mais revelações e confirmações em perspectiva. Um grande obrigado também ao público presente no Festival: no fundo somos todos nós que mantemos a nova música portuguesa.